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Desafio ou oportunidade? Tempos de incerteza exigem uma visão estratégica!

Desafio ou oportunidade? Tempos de incerteza exigem uma visão estratégica!
Cenário EconômicoLiderança
Publicado em 25 de fevereiro de 2021

No cenário corporativo, o case da Kodak é um dos mais estudados por empreendedores e pessoas que buscam o aprendizado contínuo. Que sabem que, para não cair nas mesmas armadilhas, a saída é aprender com os erros.

E melhor que sejam erros alheios, não é mesmo?

Mas afinal, o que difere uma marca como a Kodak, pioneira da fotografia – e que acabou sendo engolida pelo mercado que ela mesma criou – de outras como Uber e AirBnb, que aproveitaram momentos de crise (pós-2008) para inovar com produtos e serviços desruptivos?

Poderíamos falar de muitos aspectos, mas vamos citar a visão estratégica. No início da década de 1990, a Kodak poderia ter se tornado a gigante no mercado de câmeras digitais. Mas subestimou a rápida mudança tecnológica e falhou em perceber o desejo do consumidor. Achou que, voltando-se à fabricação de um produto digital, perderia a liderança na venda de outros produtos e serviços atrelados: pois além de filmes fotográficos, ganhava muito com a revelação das fotos. Insistiu no mercado errado, e essa falha na visão de longo prazo lhe custou a falência em 2012.

Imagine se a Xerox estivesse até hoje vendendo apenas fotocopiadoras. Certamente teria sido esmagada pela concorrência. A empresa voltou seu foco para a inovação, oferecendo não só impressoras de alta tecnologia, mas soluções de TI que ajudam a desenvolver o negócio dos seus clientes. Sem medo de ousar, conquistou novos mercados ao longo das últimas décadas.

Mas onde estão e como aproveitar essas oportunidades? Muitas vezes, elas são sinalizadas por seus próprios clientes. E mais uma vez, estamos falando de visão estratégica. Em cenários adversos, como este que vivemos desde o início de 2020, é fundamental descobrir maneiras de acompanhar o mundo ultra conectado digitalmente, pós-pandemia. O que esse novo consumidor deseja?

E por mais que grandes empresas de inovação, como Airbnb e Uber, já nascidas no ambiente digital, estejam firmes em seus nichos, não há estabilidade que seja eterna. Mesmo as gigantes devem estar atentas aos desejos do seu público.

Neste cenário de incertezas, é essencial refletir sobre alguns pontos que a Mastermind já reforça em seus treinamentos, e que podem servir de inspiração a vocês, leitores:

  1. Em cenários adversos, fortaleça a aproximação com seu cliente:

Com empatia e transparência, esteja pronto a apoiá-lo em seus desafios. É o momento de estar mais acessível, de ter uma comunicação acolhedora. Você já pensou em gravar vídeos, em disponibilizar conteúdo gratuito nas redes sociais, por exemplo? É uma boa maneira de conquistar e fidelizar seu cliente.

  1. Esteja preparado para crises:

Nada é estável, tudo pode mudar a qualquer momento. E a pandemia nos ensinou isso da forma mais avassaladora possível. Portanto, nunca se acomode. Não aceite a zona de conforto. Quais inovações estão surgindo no seu nicho? É preciso se capacitar, se preparar para o futuro? Antecipe-se aos problemas. Seja ágil nas mudanças.

  1. Não tenha medo do fracasso:

Mudanças geram medo e ansiedade. É normal se perguntar: e se eu tentar algo novo e fracassar? Está tudo bem. O fracasso é apenas uma ação que não ocorreu da forma desejada. Outra coisa é ter um comportamento de fracassado, caso continue focando na derrota. Liste seus erros, seja humilde para reconhecer suas fraquezas, adquira novas habilidades, trace um novo e melhor plano estratégico e recomece. Quantas vezes forem necessárias. E lembre-se: a diferença entre o sucesso e o fracasso é a persistência. O sucesso é o ponto de chegada daqueles que nunca desistiram.

 

Eduardo Mendes é sócio do grupo Master Mind Brasil, especialista em Gestão Estratégica e Liderança pela University of California, San Diego – School of International Relations and Pacific Studies.

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